segunda-feira, 27 de abril de 2009

Montanha Cup, relato - Parte 1

Rio de Janeiro, Sexta-Feira, 21:09.

Pelicano recebe um telefonema não identificado. Desconfia, mas atende.

Pelicano : “Alô, quem fala?”

???:”É o Pombo seu imundo”

Pelicano: “Fala sua Lebre Viada!! Que mandas?”

Pombo:”Tenho uma notícia pra te dar”

Pelicano:”Então fala sua mula”

Pombo:”Você irá correr o Montanha Cup no lugar do Codorna, ele passou mal e não poderá ir”

Pelicano:”Cara... que merda pô!! Sacanagem. O cara ta afinzão dessa prova!! Vou lá no surdo buscar a bike”

...

Pelicano, já pressentia que algo naquele fim de semana, mudaria sua vida para sempre. 3 horas antes da ligação da Lebre Viada(Pombo), já pedira a bike ao Surdo Maluco. A intenção era levar a bike e pedalar com a galera até certo ponto e tirar fotos.

Ao buscar a bike, se depara com uma magrela sem suspenção. Então pensa:

“Maratona XC sem suspenção? Nem punheta na velocidade 31 faria os braços doerem tanto!”

Ao interpelar o surdo por várias vezes, até que o mesmo pudesse entender o diálogo, eis que surge de dentro de uma caixa velha de biscoitos de maisena uma suspenção Rock Shock velhona!!!

Rio de Janeiro, Sábado, 00:23

Pelicano, na sala de estar da casa de sua mãe, monta uma verdadeira oficina e faz reparos na MTB mulamba do Surdo Maluco.

Rio de Janeiro, Sábado, 10:58

Pelicano e Surdo Maluco chegam ao ponto de encontro oficial da Granja no Rio de Janeiro.

Minutos após, chegam os outros ocupantes do carro, com suas bikes e sem um segundo Rack para Bike. O que fazer? Como Chapolin Colorado, eles não contavam com a astúcia de um Pelicano Safo. O que fazer com 4 bikes, 5 passageiros e uma porrada de malas?

Tudo arrumado, digo, amarrado, ocupantes em seus lugares, é hora de partir rumo à Nova Friburgo.

Apartir desta hora, começa a maldição do Surdo Maluco. Ele não ouve, mas fala, fala e… fala muito de bike.

Demos uma pausa para o almoço. O local, bem, prefiro não comentar muito. A comida era boa, mas acho que há uns 13 dias não recebe clientes.


Rio de Janeiro, Sábado, 14:42

O Favela Bike Car, assim apelidado pelo Surdo Maluco, chega ao destino. Ao entrar na cidade, o veículo, era motivo de espanto para algumas pessoas e de risos para diversas outras.

Descarregou-se o carro, buscou-se as chaves dos respectivos quartos.

Como descrito pelo amigo Ara, que entrará neste conto no período da noite, a pousada parecia a Vila do Chaves.

Os cinco, Pelicano, Surdo Maluco(Condor), Pato, Sr e Sra Pombo, saíram em busca de alimentos à serem degustado na competição. Praticaram alguns pequenos furtos e voltaram para a pousada. Uma bela cidade, repleta de belas mulheres.

Rio de Janeiro, Sábado, 18:13

Chegam à Vila, Birifa, Galinha Velha e Alarico “Ala”, o Saci voador. Marcaram às 19 hrs no saguão da pousada, com o intuito de seguirem juntos ao Sesc. Todos, exceto Pato, tomaram banho para sair à noite. Neste local, serviriam um rodízio de massas com ritmo controlado(hahahah). Come massa, fala merda, tira fotos, cumprimentam as pessoas...essa era a Granja, sentada num mesão de madeira.

Rio de Janeiro, Sábado, 20:11

Chegam ao SESC, Sr e Sra Araponga . Estes, vindo de uma feijoada da Velha Guarda da Portela.

Todos em posse dos Kits da competição? Então era hora de partir para a pousada e descansar.

Rio de Janeiro, Sábado, 23:02

No quarto triplo, Pelicano, Pato e Surdo Maluco(Condor), arrumavam suas bikes para o dia seguinte. Chegada a hora de ninar, Surdo Maluco(Condor), é surpreendido com uma série e tosses de Cachorro Sarnento. Estas, durariam até as 01:04 am de Domingo. Nesta mesma hora, juntava-se ao grupo, Periquito, que trabalhara até tarde e seguira à noite para Friburgo.

Rio de Janeiro, Domingo, 06:50

Pelicano, levanta-se, dá uma urinada de responsa, toma uma banho e acorda seus companheiros. Surdo Maluco(Condor), finge não ouvir.

Já no café, Pelicano depara-se com Galinha Velha tomando leitinho, juntamente com Birifa, Saci Voador e Sr e Sra Pombo. Logo chegam Sr e Sra Araponga, e Periquito, sem pentear o cabelo, e ele, o mito, Surdo Maluco, com uma roupa de alpinista e toca onde dizia: “Viva Argentina”.

Todos comidos? Siiiiiimmmm. É hora de partir para a largada do que seria o pivô de uma mudança.

Rio de Janeiro, Domingo, 08:45

Todos a postos na largada, Sra Pombo e Sra Araponga, com suas câmeras indiscretas, captavam todos os detalhes. Neste momento, Periquito, se despedia da prova ao ter a corrente de sua bike quebrada misteriosamente. O que terá acontecido? Sabotagem, falta de cuidado? má qualidade do produto? Não se sabe.

Rio de Janeiro, Domingo, 09:00

O DJ larga Fanfare For the Common Man(Emerson, Lake e Palmer), uma canção que passei a adolescência ouvindo.

É dada a largada.

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